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Psicóloga em Porto Alegre Madalena Leite
  • Foto do escritorMadalena Leite

O que é necessário para uma psicoterapia dar certo?

Sempre que vem um paciente novo, eu pergunto o que a pessoa já tentou fazer para resolver o problema. A lista varia, mas sempre tem aqueles que dizem que já tentaram psicoterapia com outro profissional e que não deu resultado.




Afinal, o que e necessário para uma psicoterapia dar certo?


* Bater o santo

Não existe psicoterapia que dê certo se você não se sentir confortável, não confiar ou não for com a cara do seu terapeuta. Mesmo que ele seja O melhor terapeuta da cidade. Apesar de ser um trabalho técnico, ele também passa muito pela relação interpessoal que se estabelece. A gente só ela em consideração e permite mostrar nossas dores para aqueles em quem confiamos e respeitamos. Relação nenhuma adianta forçar - nem com o terapeuta.


* Método adequado

O que muita gente não sabe é que psicólogo não é tudo igual. Existem várias abordagens (métodos - formas de trabalhar) possíveis. Alguns exemplos são a psicanálise, sistêmica, terapia cognitivo-comportamental, gestalt, terapia junguiana, terapia humanista… É importante pesquisar para entender qual a mais adequada para o que você busca.

Vou falar das duas linhas que eu trabalho. A terapia cognitivo-comportamental tende a ser focada na resolução de problemas, mais estruturada que a maioria das terapias, om intervenções no pensamento e no comportamento, com ênfase na aprendizagem do paciente, com o terapeuta sendo mais ativo (que fala mais). Ela é muito indicada para uma série de transtornos psicológicos, uma vez que foi bastante pesquisada. Para saber mais clique aqui. Já a Terapia do Esquema tem menos estrutura que a anterior e foca mais ainda no relacionamento e nas necessidades emocionais do paciente dando ênfase a técnicas vivenciais para o reprocessamento emocional das situações, assim como técnicas cognitivas e comportamentais. Ela é indicada para transtornos de personalidade, casos refratários e questões crônicas de relacionamento consigo e com os outros.

Então, não existe a melhor abordagem. Existe a melhor abordagem para aquele paciente, para aquele problema, naquele momento.


* Estilo do terapeuta

Sim, terapeuta deve se isentar de julgamentos, mas ele não consegue se isentar de seu estilo pessoal. Cada terapeuta tem o seu jeito de atender e entender o ser humano - mesmo com a mesma linha teórica cada um é diferente. Eu, por exemplo, busco ser bastante transparente, informal, empática, solícita e orientada para mudança. Isso quer dizer que eu escuto e apoio bastante, mas também sou a pessoa que vai te falar verdades difíceis e te incentivar a mudar.


* Momento pessoal

Não é fácil realmente fazer terapia (que é diferente de ir no consultório). Envolve se entregar bastante. E nem sempre estamos prontos para abrir mão das coisas que nos adoeceram. Mudança leva tempo, determinada e respeito pelos nossos limites.


* Comprometimento e disposição para mudança

Nos apropriar das nossas dores, da nossa história e da nossa responsabilidade pelos nosso problemas dói e dá trabalho. Quando o paciente joga toda a responsabilidade do processo nas mãos do terapeuta - "me conserta" - é quase certo que a pessoa não sairá do lugar. Cada um precisa fazer a sua parte. No caso do paciente, vir às consultas, fazer as atividades propostas, se engajar nas mudanças necessárias e dar feedbacks sinceros sobre a sua evolução e o processo.


Então são vários os fatores que podem comprometer e eficácia da terapia - inclusive outros que eu não citei. Caso não tenha dado certo antes, não desista.

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